Este artigo é um resumo de uma aula gratuita do Petit Cursos sobre a influência cultural da Coreia do Sul, com ênfase no fenômeno K-pop. Durante a aula, foram discutidos aspectos históricos, políticos e culturais que explicam como a Coreia do Sul se transformou em um centro de produção cultural de impacto global.
A ascensão da Coreia do Sul como potência cultural
Até os anos 1960, a Coreia do Sul era um país pobre, marcado por uma economia agrária e um passado de dominação estrangeira. Com uma forte intervenção estatal, a partir das décadas de 1980 e 1990, o país adotou uma estratégia de desenvolvimento voltada à exportação e à promoção de sua identidade cultural.
Esse processo foi acelerado após a redemocratização em 1987, quando a Coreia do Sul abriu sua economia para o mundo. Essa abertura, combinada com maciços investimentos em educação e tecnologia, ajudou a consolidar o país como um player global. O governo sul-coreano desempenhou um papel crucial ao proteger e promover sua cultura, criando um ecossistema que fomentava a criação de conteúdo de alta qualidade.
O surgimento do K-pop e a marca Coreia do Sul
Um dos resultados mais visíveis dessa estratégia é o K-pop, que se tornou o carro-chefe do soft power sul-coreano. O termo “K-pop” é uma marca poderosa: “K” de Coreia e “pop”, uma linguagem universal associada à música popular.
Grupos como BTS, BlackPink e Monsta X não apenas dominam paradas musicais, mas também promovem a imagem de uma Coreia moderna, criativa e influente. Essa indústria cultural é um exemplo de como o país conseguiu integrar elementos locais e globais, criando uma cultura híbrida que dialoga com o mundo inteiro.
A influência da história política e econômica
A história da Coreia do Sul também desempenha um papel importante na compreensão do seu sucesso cultural. Durante a Guerra Fria, o país recebeu apoio significativo dos Estados Unidos, que viam a Coreia do Sul como um bastião contra o comunismo. Esse suporte ajudou a financiar projetos de infraestrutura e educação que criaram as bases para o crescimento econômico.
Além disso, a Coreia do Sul usou sua condição geográfica – entre a China e o Japão – para se beneficiar das influências culturais e econômicas de seus vizinhos. Essa posição estratégica também foi aproveitada para criar conteúdo cultural que misturasse elementos coreanos com tendências globais, tornando-o atraente para mercados internacionais.
K-drama e a onda coreana (Hallyu)
A expansão cultural da Coreia do Sul não se limita à música. O K-drama é outro exemplo de sucesso. Produções como “What Is Love All About” e “Winter Sonata” foram cruciais para popularizar as novelas sul-coreanas em mercados como a China e o Japão. A partir dos anos 1990, essas produções ajudaram a consolidar a “Hallyu”, ou “Onda Coreana”, que se refere à difusão global da cultura sul-coreana.
O governo desempenhou um papel ativo nesse processo, financiando a produção cultural e protegendo a indústria local de influências estrangeiras excessivas. Essa política permitiu que a Coreia do Sul criasse uma identidade cultural forte e reconhecível.
A relevância do soft power sul-coreano
A cultura é um dos pilares do soft power da Coreia do Sul. Além de promover a música e as novelas, o país também investiu em cinema, moda e tecnologia. Filmes como “Parasita”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2020, e marcas como Samsung e Hyundai, são exemplos de como a Coreia do Sul combina cultura e economia para se posicionar globalmente.
Conclusão
A Coreia do Sul é um exemplo de como uma política cultural bem planejada pode transformar um país em uma potência global. Do K-pop ao K-Drama, passando pelo cinema e pela tecnologia, o país mostra como é possível usar a cultura como uma ferramenta de desenvolvimento econômico e diplomático.
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